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Conhecendo (e me surpreendendo com) a Scania

Boa noite amigos! Nesta postagem falo sobre o primeiro Scania que viajei, um K310 da Camilotur, carro 540. Boa leitura a todos!
"Primeira viagem de Scania, primeira viagem de Caio. #PartiuCordisburgo de Giro 3600 - K310 da Camilotur, que Deus nos abençoe nessa viagem". Postei isso no meu perfil do facebook, exatamente as 08:00 do dia 29/08/2014. Até chegar a essa postagem, ocorreram alguns fatos, então bora lá. O professor de português da minha escola teve uma idéia de fazer uma excursão a cidade de Cordisburgo, onde visitaríamos o museu-casa de Guimarães Rosa e a Gruta de Maquine. Era pra ser antes da copa, mas só rolou viabilidade nesse dia. Descobri que o fretamento iria ser Camilotur. Porém ficou a dúvida: que carro? Eu já sabia que poderia ser um Roma MD B270F, e era a única opção que eu tinha imaginado, até a hora do embarque. Finalmente, chegou a tão aguardada manhã de 29/08. Saí de casa, e descobri que perdi o ônibus, então andei um pouco e peguei um ônibus de outra linha. Cheguei a escola, e lá estavam 3 dos 5 ônibus: 2 Romas MD B270F e um Paradiso G6 1200HD O400RSD eletrônico. Minha torcida passou a ser do G6 O400, porém para deixar este que vos escreve ansioso, 1 ônibus apenas estava com a plaquinha, e não era o da minha turma, e faltavam os outros 2. Com indefinição reinando, começou a boataria: "turma tal vai nesse", e ia uma galera pra um ônibus, "turma tal vai naquele" e ia uma galera pra outro. Em meio a isso chegou o resto dos ônibus: um Giro 3600 - K310 e um Paradiso G4 1150 - K113. Minutos depois, saiu o tal professor, carregando as listas e papéis a serem colados nos ônibus. E quando começou a serem colados, acabei descobrindo que eu não iria em nenhum dos ônibus que eu queria, restando apenas dois sem identificação o Giro e o G4. Porém deu uma confusão (lembram-se da indefinição? Então...), e quase embarcamos no G4. mal entendido resolvido, e embarcamos no Giro. Embarquei e escolhi uma poltrona da penúltima fileira, para sentir o K310, e inicialmente sentei sozinho. Quase todos embarcaram, e eu seguia sozinho. Já estava comemorando o fato de sentar só, porém faltavam quatro meninas do terceiro ano, e só haviam 3 lugares no fundo: 1 ao meu lado, os outros 2 da última fileira. Uma delas sentou ao meu lado. Lugares ocupados, pé na estrada. 

Carro em que viajei para Cordisburgo. Foto: Adão Marcelino/Onibus Brasil.
Puxei papo com a moça e depois não conversamos mais. O trânsito tava carregado, mas quando chegamos na BR040, vi o poder que aquele que até então tinha a imagem de um chassizinho raquítico - com seus parcos 310 cavalos - tem na estrada. Correu muito e subia muito bem. Os quilômetros iam passando, e fui percebendo que as poltronas Caio eram muito confortáveis, colocando a Marcopolo no bolso, no quesito poltronas de carros convencionais. Entendam uma coisa: poltrona Marcopolo boa, só do padrão executivo pra cima. Voltando ao K310, nosso assunto de hoje, como bom Mercedista, senti a falta do som do motor. Fiquei incomodado, pois um carrão como aquele, subindo como subia, correndo como corria, e barulho quase nulo, era incompreensível para mim. Mas o K310 foi rasgando a BR040, largando tudo pra trás. O motorista correu bastante. Quando entramos na estrada para Cordisburgo, ele continuou correndo. E eu, ainda tentando compreender o fato de ser um motor sem barulho algum, quase nulo. Fui mudando lentamente minha opinião, de um chassi fraquinho, para um chassi que sabia se portar na estrada como um chassi de grande porte, mesmo com o modesto motor de 310cv, e sem barulho. Como o viário de Cordisburgo é tranqüilo, ele conseguiu passar até bem. Chegamos então ao museu-casa de Guimarães Rosa. Fizemos a visita, fomos almoçar, e depois: Gruta de Maquine. Outra estrada boa, ele também passou por lá sem desafios, exceto na ultima subida. Quase voltei atrás, mas o bom desempenho no retorno fez com que eu desistisse da ideia de apedrejar o K310. A volta foi bem tranqüila, semelhante a ida, o carro se desempenhou bem. A Scania finalmente conseguiu espaço para crescer no meu conceito, contanto que nas minhas próximas experiências, eu veja que os motores dela fazem algum barulho.
Aviso: excepcionalmente na próxima semana, a postagem será na quarta-feira, dia 31/12. Muito obrigado pela leitura e até a próxima!

Comentários

  1. Bom texto. E já vou lhe avisando: a Scania não lhe surpreenderá com um ronco alto como o dos O-500. A partir do Euro III os motores da Scania são silenciosos, e nos Euro V são mais silenciosos ainda.

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    1. Muito obrigado, Gabriel! Nas próximas postagens teremos textos falando sobre outra viagem que fiz em ônibus Scania. Não vou alongar muito pra não dar spoiler, mas se tudo der certo o primeiro texto de 2015 vou entrar nesse assunto.

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  2. Gostei do texto! Cordisburgo é uma cidadezinha muito simpática. Já fui lá também, numa excursão. Nessa excursão, fomos num Paradiso G6 1200 sobre Scania K124 da Climatur, carro 4020. Ao contrário do seu K310, o K124 que eu tava roncava bastante... rs

    A excursão durou 4 dias, passamos por várias cidades, sendo uma delas Cordisburgo. Chegando lá, almoçamos num restaurantezinho caseiro localizado na rua principal da cidade, e de lá fomos à Gruta de Maquiné.

    Sobre o K310, ele anda bem mesmo, melhor que o concorrente O-500R (que todo mundo odeia, por sinal). Surpreende bastante. Viajei num dos 2 Campiones K310 que a Util tinha (foram vendidos), carro 9834, na linha Arcozelo x Rio de Janeiro (embarquei em Miguel Pereira, cidade onde moro) Até que ele roncava direitinho, não deixou a desejar. Pô, Scania é tudo de bom... kkkkk

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  3. Muito obrigado, Wiliam! O K310 me surpreendeu bastante, por ser minha estreia na Scania, foi muito boa a viagem. Eu também gostei muito da cidade, mesmo sendo calma, é bem legal.

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