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Repetindo a dose no LD da Honofre.

Olá amigos, boa noite! Hoje vou falar sobre uma viagem em um carro que já esteve aqui, o LD da Honofre Turismo, e agora vai estar por essas freguesias de novo, mas antes, vou falar um pouco sobre a transferência de linhas da Pluma para a Expresso Nordeste.
Muito tem se comentado sobre a transferência de 4 linhas da Pluma para a Expresso Nordeste (Foz x Rio, uma direta e outra provavelmente uma variante da outra, Marechal Cândido Rondon x São Paulo e Curitiba x Assunción/PY), porém graças aos bozós já se fala em falência, inclusive um aí deu até a data do fim da empresa, quem vai pegar as linhas, quais carros rodarão em uma das linhas, exagerando pra baralho nas suposições. A transferência de 4 linhas não representa o fim de uma empresa, embora a situação lá pelos lados dos Mansur não esteja tão boa assim. Esperem acontecer primeiro pra falar algo sobre depois. Agora vamos ao texto de hoje.
De início, eu havia me recusado a escrever este texto por que o carro já esteve aqui, mas do nada eu resolvi escrever. Como quem me conhece sabe que costumo fazer coisas assim, então vamos lá.
Sexta-feira, 11 de Abril de 2014. Após uma semana de correria e incerteza (fator presenta nos textos daqui), na sexta eu me preparava para ir a São Paulo. Felizmente eu já sabia o ônibus e o conhecia, já havia viajado nele há 5 meses, era o carro 107 da Honofre Turismo, um Marcopolo Paradiso G6 1550LD Mercedes-Benz O500RSD 360cv, ano 2006, que havia pertencido a Brasil Sul, era o carro 2030 lá. Eu saí de casa, ainda no carro, e o motorista do ônibus ignorou a ordem de ir até o local determinado e foi até o local de desembarque da última viagem, aí desci do carro e já peguei o ônibus pra levar o motorista até o ponto de embarque. Subi e marquei meu lugar, 43 - janela e desci de novo pra cabine. Indiquei ao motorista o local da parada, desci e orientei o pessoal. Após pegar todos dali, finalmente saímos para a Cidade Industrial. Algumas instruções foram dadas e depois as poucas pessoas previstas para fazerem embarque na Cidade Industrial, o fizeram. Enfim, por volta de 19:15, saímos para SPO, e durante a saida, descobri, com auxilio de 2 primas que viajavam comigo, 4 tomadas no carro (2 sobre a 09/10 e 2 sobre a 43/44). Isso significava que eu poderia estar conectado a Internet pelo celular durante toda a viagem. Mas ainda não usufrui dela. Fui ouvindo música enquanto o ônibus andava pela rodovia, ainda com sinal de Internet bom. Conversava com um no whatsapp, com outro no chat do facebook, e por aí foi. Na serra de Igarapé, subiu com a mesma fugacidade que da outra vez.
Carro em que eu estava viajando pela segunda vez. Foto: Antônio Carlos Fernandes/Ônibus Brasil
 Talvez por eu já estar viajando nele pela segunda vez, não era novidade que ele subiria daquela forma. Nas telas do ônibus, que na viagem anterior não foram usadas, tava passando o filme Meu Malvado Favorito 2, o que criava uma competição feia entre a tela do celular, a música que eu ouvia, o filme e o OM457LA. Fiquei de boas no celular, enquanto via o ônibus de forma bem tranquila. Minutos depois eu fui pra cabine e fiquei lá, acompanhando a viagem. Na outra viagem, embora não tenha mencionado no texto, eu rodei um pouco na cabine, porém tive que ir de pé. Agora eu estava indo assentado, e fui até Perdões, foi mais ou menos 1h e pouca na cabine. Chegamos ao sarra as 9inha no GRAAL Perdões por volta de 22:00, como de costume, lanchei e fiz outra tentativa de fotografar, e também de costume, não deu certo. De volta ao ônibus, troca de comando. O motorista pegaria ali e iria até São Paulo, e com meu celular já a 40% de carga, coloquei pra carregar. Ele começou já num estilo esportivo, com trocas rápidas e rotações altas, tava um espetáculo, promovido pela Orquestra Sinfônica de OM457LA. Depois dos primeiros kms andando muito bem, ele passou a ir com calma, tranquilo, mas sem deitar pela estrada (lembramos que este infinitivo aqui significa que o motorista que fica deitando na estrada, na rua, na fazenda ou numa casinha de sapê, é chamado de deitão), o que ocorreu na primeira viagem que fiz a SPO em 2012 (onde os motoristas literalmente seguraram o carro em que eu estava viajando).
Carro em que eu viajei. Foto minha.
O motorista estava rápido, tanto que por volta de 00:30 já estávamos na região de Pouso Alegre, as 01:40 já estávamos em Camanducaia, região onde o motorista deu um show, andando literalmente na pressão, se não chegou a 100, o motorista é ótimo, pois a impressão foi essa, sempre a giros e velocidades altas, brecando apenas nas entradas de curvas e já retomava o carro.  Não demorou quase nada para cruzarmos a divisa MG/SP, com 13 mimutos já estávamos no estado de SP, e finalmente pegamos o trecho com sinal mais constante.  Definitivamente aquela já era a melhor apresentação do O500RSD que eu já tinha visto. A partir de Atibaia pegamos uma neblina tensa, até Mairiporã mais ou menos. Exatamente 02:47 saímos do pedágio de Mairiporã e comecei a cronometrar o tempo de descida da Serra da Cantareira, foram 11 minutos apenas pra descer toda a serra, e por volta de 03:00 já estávamos dentro da cidade de São Paulo, e as exatas 03:19 da madrugada chegamos em São Paulo, após exatas 8 horas e uma exibição impressionante do O500RSD.
Marcação no cronômetro do tempo em que ele desceu a Serra da Cantareira. 
 Horas mais tarde, já era o retorno. Por volta de 14:10 saímos de São Paulo com destino a BH, lá fora fazia um sol de rachar, e o motorista veio bem, mas depois da Serra da Cantareira tava deitando muito, mas eu tava curtindo bem o carro. Por volta de 15:40 entramos de volta em Minas Gerais, aí o motorista voltou a andar bem no carro. Por volta de 17:00 estávamos próximo de parar no GRAAL Bela Vista, mas como o retorno é grande pra quem vem sentido SP/BH e tava uma retenção grande, preferimos vir direto até Perdões, aí o motorista começou a meter pressão mesmo, extremamente esportivo, enquanto a estrelada noite tomava o céu na Fernão Dias, até que finalmente paramos, por volta de 19:20 no GRAAL Perdões. Lanchamos e voltamos ao carro, para o trecho final, até Belo Horizonte, que começou as 19:55. O outro motorista assumiu já com o mesmo estilo esportivo da ida, sempre na pressão, tanto que já por volta de 21:55 já estávamos na Serra de Igarapé. Sem demora a viagem infelizmente encerrou, após novamente 8h20 rodadas e uma apresentação de gala do O500RSD, aliada muito conforto.
Agradeço a todos por terem lido, e agora vou ficar pelo menos 1 mês sem postar textos de minha autoria aqui no blog, porém haverá textos produzidos por 2 editores convidados. Abraços e até a próxima!

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